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Energia solar em Taubaté ganha adesão entre empresas

O interesse de empresas por soluções energéticas sustentáveis em Taubaté tem crescido de forma expressiva nos últimos anos.

Impulsionadas por fatores conectados às oportunidades de economia, muitas companhias do setor industrial e de serviços vêm aderindo a modelos de energia solar compartilhada, que não exigem obras ou instalação de equipamentos no local de consumo. 

A adesão a usinas solares compartilhadas, via associação, permite que a energia gerada seja compensada na conta da empresa por meio da própria rede de distribuição, uma alternativa que tem conquistado espaço, principalmente entre os consumidores ligados em baixa tensão.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o modelo de geração compartilhada, dentro do qual se inserem essas iniciativas, teve crescimento superior a 35% em número de unidades consumidoras no estado de São Paulo entre 2022 e 2024.

Em paralelo, Taubaté aparece entre os municípios do Vale do Paraíba com maior potencial de expansão empresarial e industrial, o que torna a cidade um polo atrativo para novos modelos de contratação energética (Fonte: ANEEL, Mapeamento GD Compartilhada 2024).

Esse avanço acompanha também a evolução do setor no Brasil, que tem apostado na descentralização do consumo e no fortalecimento de soluções acessíveis para quem não deseja investir em autoprodução. 

Empresas com perfil de consumo mais elevado, como indústrias e centros de distribuição, também têm se movimentado rumo ao Mercado Livre de energia, segmento que, segundo levantamento da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), ultrapassou a marca de onze mil unidades consumidoras em 2024, crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior (Fonte: CCEE InfoMercado Anual 2024).

Assim, a energia solar em Taubaté deixa de ser apenas uma pauta ambiental e passa a integrar o planejamento estratégico de empresas que desejam reduzir despesas, evitar a volatilidade das tarifas reguladas e contribuir para a transição energética nacional.

Contexto energético e demanda empresarial em Taubaté

A cidade de Taubaté abriga um polo industrial robusto, com forte presença dos setores automobilístico, químico, metalúrgico e de serviços.

Esse perfil econômico resulta em uma demanda energética considerável, frequentemente sujeita às variações das tarifas do mercado cativo, como os reajustes anuais e os efeitos das bandeiras tarifárias.

Para muitas empresas, essas flutuações representam um fator de imprevisibilidade nos custos operacionais.

Assim, a possibilidade de aderir a modelos de contratação que oferecem previsibilidade, estabilidade e economia tem se tornado um diferencial competitivo.

Mecanismos que facilitam o acesso à energia renovável sem a necessidade de autoprodução estão em ascensão.

Um exemplo é a adesão a modelos que permitem a associação a usinas solares compartilhadas, cujos créditos de energia são compensados diretamente na conta de luz da unidade consumidora, gerando uma grande economia no valor final da fatura.

Usinas Solares Compartilhadas: acesso democrático à energia limpa

O modelo de usinas solares compartilhadas viabiliza a participação de diferentes unidades consumidoras em um mesmo empreendimento de geração de energia.

Cada empresa associada recebe créditos proporcionais à sua cota de participação, os quais são abatidos automaticamente em sua conta de luz, por meio da rede de distribuição tradicional.

Este formato se apresenta como uma solução prática para empresas que não podem, ou não querem, realizar obras ou manutenções em suas instalações para a geração local de energia.

Ao mesmo tempo, permite que o consumo seja compensado com base em energia de fonte renovável, alinhando-se a diretrizes de sustentabilidade empresarial e metas de ESG (Environmental, Social and Governance).

O modelo tem se popularizado entre negócios de médio porte que atuam nos setores de comércio, serviços e logística.

O principal atrativo está na economia gerada e na simplicidade de adesão: como a energia continua sendo entregue pela rede convencional, não há necessidade de mudanças estruturais nas operações.

Digitalização do consumo: eficiência e controle

A digitalização do setor energético tem permitido que consumidores empresariais tenham acesso a plataformas online onde podem acompanhar seu consumo, simular economias e administrar seus créditos energéticos com facilidade. 

Isso confere mais autonomia ao cliente e torna o processo de adesão e acompanhamento muito mais simples e transparente. 

Em modelos como esse, que operam sob a lógica da compensação virtual, a energia gerada nas usinas solares é injetada na rede de distribuição, e o cliente associado recebe os créditos proporcionais ao que contratou.

Esses créditos são compensados automaticamente em sua conta de luz, sem a necessidade de adaptações técnicas ou acompanhamento operacional por parte do consumidor.

Além disso, soluções digitais permitem que empresas visualizem sua economia em tempo real, monitorem o histórico de consumo e comparem o desempenho energético mês a mês, o que favorece a tomada de decisões mais estratégicas no uso de recursos.

Empresas como a EDP têm se tornado referência no setor de energia solar, com foco em soluções inovadoras e sustentáveis.

A busca por economia sem complexidade

Um dos principais atrativos para os empresários da região de Taubaté tem sido justamente a possibilidade de reduzir seus custos com energia sem burocracias associadas à instalação de equipamentos.

Modelos de associação a usinas solares compartilhadas, como o Solar Digital da EDP,  permitem que empresas de pequeno e médio portes tenham acesso a energia renovável por meio de uma experiência simplificada, com contratação rápida e sem obras.

O processo é digital, desde a contratação até o acompanhamento do consumo e dos créditos, o que o torna acessível e descomplicado para empresas que buscam agilidade, transparência e previsibilidade no planejamento financeiro.

Além disso, o Solar Digital da EDP se destaca por ser compatível com unidades consumidoras em baixa e média tensão, que compõem a maior parte dos negócios locais, e permite que o empresário tenha uma redução considerável no valor pago mensalmente pela energia elétrica. 

Essa economia pode ser relevante em períodos de oscilação tarifária ou aumento de custos operacionais, tornando-se um diferencial competitivo para o negócio.

Essa simplicidade operacional se mostra relevante em cenários de alta competitividade, onde os empresários buscam agilidade e eficiência nos processos.

A redução nos custos com energia, obtida por meio da adesão a cooperativas de geração solar, permite uma alocação mais estratégica de recursos, contribuindo para a sustentabilidade financeira e ambiental da operação.

O papel do Mercado Livre de energia em Taubaté

Outro movimento em crescimento entre empresas de médio e grande porte é a migração para o Mercado Livre de energia.

Este modelo permite que o consumidor negocie diretamente com fornecedores de energia, escolhendo condições comerciais mais vantajosas em comparação ao mercado regulado.

Em Taubaté, empresas que possuem carga instalada em alta tensão, e que apresentam contas mensais a partir de um determinado patamar, já estão aptas a considerar a transição para o Mercado Livre de energia.

Nesse ambiente, é possível contratar energia proveniente de fontes renováveis com maior flexibilidade de preço, prazo e perfil de consumo.

Com essa liberdade contratual, as empresas têm mais controle sobre seus custos energéticos e podem construir um planejamento de longo prazo mais estável.

Algumas fornecedoras, como a EDP, atuam neste segmento com opções específicas voltadas ao perfil de consumo empresarial, oferecendo soluções com foco na previsibilidade de custos e no atendimento a metas sustentáveis, sem envolver a instalação de sistemas próprios.

Perspectivas para o futuro

O avanço da energia renovável no Brasil é um caminho sem volta. E, mesmo em modelos que não envolvem a geração própria, empresas vêm adotando estratégias que as colocam na vanguarda da transição energética.

Em Taubaté, o cenário é favorável para a expansão de soluções energéticas mais inteligentes.

A presença de polos industriais e comerciais com alto consumo, somada à infraestrutura de distribuição existente e ao crescente interesse por soluções sustentáveis, cria um ambiente propício para o crescimento da energia solar.

Ao longo dos próximos anos, a expectativa é de que esses formatos se tornem cada vez mais acessíveis, especialmente com a ampliação das políticas públicas e da regulamentação voltada à geração compartilhada.

Além disso, a evolução das plataformas digitais deve tornar a experiência de gestão energética ainda mais personalizada, transparente e eficaz.

A cidade de Taubaté está diante de uma transformação silenciosa, mas poderosa. A adesão crescente de empresas a modelos de consumo baseados em energia renovável, representa um avanço significativo rumo a práticas mais sustentáveis, econômicas e modernas.

Com uma combinação entre digitalização, cooperativismo e eficiência, essas soluções têm se mostrado eficazes em reduzir custos, melhorar a previsibilidade orçamentária e alinhar a operação empresarial a compromissos ambientais sem complicações técnicas.

Empresas que desejam manter sua competitividade e fortalecer sua reputação junto a consumidores e parceiros têm, hoje, caminhos viáveis para integrar práticas sustentáveis à sua rotina de forma simples e segura. E, em Taubaté, esse movimento está apenas começando.