Quando novembro se aproxima, o varejo já começa a se preparar. A Black Friday, que este ano será no dia 28 de novembro, é uma oportunidade para aumentar as vendas, atrair novos clientes e fidelizá-los. Mas, para isso, é preciso se preparar financeiramente.
Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostram que o faturamento da data deve alcançar R$ 13,34 bilhões em 2025, uma estimativa de crescimento de quase 15% em comparação ao ano anterior.
As projeções são positivas, mas os benefícios da Black Friday só serão aproveitados pelos lojistas que estiverem preparados, como destacam a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O planejamento inclui garantir que o dinheiro circule com agilidade, evitar que o cliente não abandone o carrinho por falta de opção de pagamento e preparar o estoque.
A CNDL e o Sebrae orientam sobre como os lojistas podem se preparar para aproveitar as oportunidades oferecidas pela data.
Separe as contas pessoal e da empresa
Quando se fala em planejamento financeiro da empresa, a primeira orientação do Sebrae é que o empresário separe as contas pessoal e da empresa.
A separação contribui para a organização das finanças e a compressão dos valores exatos para despesas fixas e investimentos do negócio.
Nesse sentido, ter uma conta PJ é a primeira medida a ser tomada. Os recursos disponíveis nessa conta poderão ser analisados para a tomada de decisões, como aumentar o estoque e/ou investir em contratação para a data, por exemplo.
Além de facilitar a organização, uma conta empresarial permite acesso a soluções como integração com gateways de pagamento, maior controle de fluxo e melhores condições em taxas e prazos.
Outro ponto que ajuda nesse aspecto é aproveitar os benefícios da conta digital, que geralmente oferece repasses mais rápidos, tarifas menores e maior facilidade na conciliação de pagamentos.
Ofereça diversidade nas formas de pagamento
Na Black Friday, os descontos são o principal atrativo para o consumidor. A oferta atrai, mas para garantir a venda é preciso facilitar o processo. Ampliar as formas de pagamento é uma maneira de evitar desistências, conforme a CNDL.
Disponibilizar o pagamento por cartão, Pix, boleto, carteiras digitais e parcelamento facilita a jornada de compra.
Pesquisa realizada pela Opinion Box revela que o avanço da tecnologia fez com que os brasileiros adotassem o smartphone para realizar pagamentos, o que também ajudou a variar os métodos escolhidos na hora da compra.
Organize o fluxo de caixa
Assim como a diversidade nos pagamentos, o fluxo de caixa é essencial durante a Black Friday. Conforme explica o Sebrae, ele é o registro detalhado e o acompanhamento de todas as entradas e saídas de uma empresa em determinado período, servindo como ferramenta de planejamento financeiro.
Com o fluxo de caixa, os lojistas conseguem acompanhar a saúde financeira do negócio, antecipar problemas como a falta de liquidez e garantir que haja fundos disponíveis para cobrir as despesas do dia a dia.
Em datas como a Black Friday, ele contribui para fazer ajustes emergenciais, comprar reforços, bancar fretes expressos, responder a demandas pontuais de marketing ou pagar fornecedores que operam com prazos menores.
O Sebrae destaca que uma preparação saudável de caixa envolve reservar uma linha de crédito leve, negociar prazos com fornecedores e ter previsões semanais de entradas e saídas. Isso permite que a empresa responda rapidamente a imprevistos, sem sufocar a operação.
Planeje o estoque
De acordo com o Sebrae, para vender bastante durante a Black Friday, é importante que os produtos estejam previamente organizados e preparados para atender à demanda.
Mercadorias encalhadas ocupam espaço e correm risco de obsolescência. Por outro lado, faltas no estoque geram vendas perdidas ou cancelamentos, afetando a experiência do cliente e a reputação da marca.
Para auxiliar na gestão de estoque, os lojistas podem apostar em tecnologias que oferecem suporte nesse aspecto ou ainda adotar estratégias como o escalonamento do estoque, em que se liberam lotes menores gradualmente, de modo que se possa reagir a tendências que surgem ao longo da semana.
Ainda conforme o Sebrae, um estoque mal administrado, além de afetar períodos sazonais, também pode ser um dos fatores para a falência de uma empresa. Por isso, deve ser prioridade para os lojistas.
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